A pasta térmica é um composto fundamental para garantir a transferência eficiente de calor entre o processador e o cooler. Sua função principal é preencher as pequenas imperfeições na superfície de contato, permitindo que o calor seja conduzido de maneira eficaz do processador para o cooler. Diferente do que muitos pensam, a pasta térmica não tem a função de dissipar o calor, mas sim de conduzi-lo de maneira eficiente. A dissipação de calor é responsabilidade do cooler, que utiliza ventilação ou radiadores para remover o calor do sistema.
Materiais Utilizados e Impacto no Custo
Silicone:
Utilizado como base em pastas térmicas de entrada, o silicone é um material barato e fácil de aplicar. Ele oferece uma condutividade térmica moderada, sendo adequado para aplicações menos exigentes, como equipamentos industriais que não exigem alta dissipação de calor. Seu custo acessível o torna uma opção popular, mas com desempenho limitado em situações de alta demanda térmica.
Óxidos Metálicos (Zinco, Alumínio):
A inclusão de óxidos metálicos melhora a condutividade térmica em comparação com o silicone puro. Essas pastas oferecem um desempenho superior e ainda são acessíveis, sendo ideais para quem busca um equilíbrio entre custo e eficácia.
Cerâmica:
As pastas à base de cerâmica proporcionam uma boa condutividade térmica e são uma opção segura para quem prefere um material não condutivo eletricamente. Elas são indicadas para usuários que buscam maior segurança e estabilidade térmica, sem comprometer a proteção dos componentes, com um custo moderado.
Compostos de Carbono (Diamante, Grafeno):
Com excelente condutividade térmica, essas pastas são ideais para sistemas de alto desempenho, como PCs para overclocking. Devido à complexidade de fabricação, o custo é mais elevado, mas os resultados justificam o investimento para quem necessita de alta performance.
Metal Líquido:
Composto por metais como Gálio e Índio, o metal líquido oferece a maior condutividade térmica disponível, garantindo a melhor eficiência na transferência de calor. No entanto, ele é eletricamente condutivo, exigindo cuidado extra durante a aplicação para evitar curtos-circuitos. Além disso, o uso é mais complexo, sendo recomendado apenas para entusiastas experientes. É a opção mais cara, refletindo a dificuldade de aplicação e o desempenho elevado.
O valor de uma pasta térmica está diretamente ligado aos materiais utilizados em sua composição e ao nível de desempenho oferecido. Pastas de silicone e óxidos metálicos são mais acessíveis, enquanto opções mais avançadas, como as de compostos de carbono e metal líquido, são mais caras devido à maior eficiência e ao custo de produção.
Cada tipo de pasta possui características únicas que impactam não apenas o custo, mas também o desempenho térmico e a segurança na aplicação. Por isso, é essencial escolher a pasta térmica de acordo com as necessidades do sistema e o nível de conhecimento do usuário.
(Foto de um processador com pasta térmica em forma de interrogação)
A condutividade térmica é um dos principais fatores a considerar ao escolher uma pasta térmica, pois ela mede a capacidade do material de transferir calor entre o processador e o cooler. Esse valor é expresso em W/mK (Watts por metro-kelvin).
Quanto maior a condutividade térmica, melhor a pasta conduz o calor do processador para o cooler, resultando em uma redução mais eficiente da temperatura. No entanto, escolher a pasta térmica ideal envolve mais do que apenas esse número.
Além da condutividade térmica, existem outras características cruciais a serem levadas em conta:
Longevidade de Performance:
Algumas pastas térmicas, especialmente as de baixa qualidade, podem ressecar, perder suas propriedades térmicas ao longo do tempo ou até mesmo se degradar, comprometendo a eficiência do sistema. Pastas de qualidade superior são projetadas para manter um desempenho estável por anos, proporcionando uma refrigeração consistente e segura.
Compatibilidade:
A pasta térmica escolhida deve ser adequada para o seu equipamento. Por exemplo, pastas de metal líquido oferecem alta eficiência, mas podem corroer dissipadores de alumínio e causar curtos-circuitos se não aplicadas corretamente. Já pastas de cerâmica ou compostos de carbono são mais seguras para a maioria dos usuários e não apresentam esse risco.
Facilidade de Aplicação:
A textura e consistência da pasta térmica também influenciam sua aplicação. Pastas mais densas, como as de óxidos metálicos, podem ser difíceis de espalhar uniformemente, enquanto pastas mais líquidas, como o metal líquido, exigem aplicação cuidadosa para evitar vazamentos. Optar por uma pasta que seja fácil de aplicar e remover é especialmente importante para iniciantes.
Aviso Importante
Com o aumento da popularidade das pastas térmicas, algumas marcas menos conhecidas podem divulgar informações imprecisas sobre a condutividade térmica, muitas vezes exagerando os números para atrair consumidores. Isso pode levar a resultados abaixo do esperado e até a possíveis danos ao equipamento. Por isso, é recomendável optar por marcas confiáveis, como a Thermal Grizzly, que é reconhecida pela transparência e qualidade de seus produtos.
(Aplicando Thermal Grizzly Kryonaut)
A escolha da pasta térmica ideal depende do orçamento e da finalidade de uso. Aqui estão algumas categorias:
Aplicação: Equipamentos industriais que não exigem alta dissipação de calor, como trocadores de calor, sistemas de medição de temperatura e acoplamentos térmicos em sistemas de baixa demanda.
Benefício: Oferecem estabilidade térmica e dielétrica, são inertes quimicamente e resistentes a altas temperaturas, sendo ideais para sistemas que não necessitam de altíssima eficiência térmica.
Exemplos:
(Pasta Térmica Thermal Silver 5g)
Thermal Silver da Implastec (1,6 W/mK), indicada para aplicações eletroeletrônicas, semicondutores e resistências, com base de silicone e óxidos metálicos, proporcionando boa estabilidade térmica
(Pasta Térmica Dmix Silver PS-06)
DMIX Silver da DEX (1,0 W/mK), formulada com silicone, é recomendada para montagens industriais onde estabilidade e custo-benefício são fatores importantes.
Aplicação: Computadores de uso geral, notebooks, consoles de jogos, desktops, workstations e servidores.
Benefício: Melhor condutividade térmica e durabilidade. Essas pastas oferecem um bom equilíbrio entre custo e performance.
Exemplo:
Thermal Grizzly Kryonaut (12,5 W/mK), conhecida por sua excelente performance térmica e facilidade de aplicação, ideal para quem busca mais desempenho sem gastar muito.
(Pasta Térmica Thermal Grizzly Kryonaut 1g)
Thermal Grizzly Kryonaut Extreme (14,2 W/mK), além de sua alta condutividade térmica, é resistente a extremas baixas temperaturas, suportando até -250°C, o que a torna ideal para overclocking com nitrogênio líquido e outros ambientes criogênicos.
Aplicação: Overclocking, sistemas de refrigeração líquida e setups de alto desempenho.
Benefício: Máxima transferência de calor, ideal para manter temperaturas baixas mesmo sob alta carga. Requer aplicação cuidadosa, especialmente no caso do metal líquido, que é altamente condutivo e exige atenção redobrada para evitar riscos.
Exemplo:
Thermal Grizzly Conductonaut (73 W/mK), um metal líquido que oferece altíssima condutividade térmica para entusiastas e usuários experientes. Importante: Não deve ser usado com dissipadores de alumínio, pois é corrosivo, e é eletricamente condutivo, podendo causar curtos-circuitos se não aplicado corretamente.
(Pasta Térmica Thermal Grizzly Conductonaut 1g)
Thermal Grizzly Kryosheet (62+ W/mK), uma folha de carbono com condutividade térmica superior e benefícios como facilidade de aplicação, reutilizável, e não necessita de substituição, pois não seca ou perde suas propriedades ao longo do tempo. É mais seguro que o metal líquido e está sendo utilizado para substituir o metal líquido em consoles como o PS5, graças à sua estabilidade térmica e segurança melhorada.
(Pad de Carbono Thermal Grizzly Kryosheet 50x50mm)
Aviso Importante:
Ao utilizar metal líquido, é fundamental garantir que o dissipador de calor seja de cobre ou outro material compatível, pois o metal líquido corrói superfícies de alumínio. Além disso, o metal líquido é eletricamente condutivo, o que significa que qualquer contato acidental com componentes eletrônicos pode causar curtos-circuitos e danos permanentes.
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